As lições de liderança do filme Lincoln
Abraham Lincoln liderou os Estados Unidos de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra Civil Americana, preservando a União e abolindo a escravidão. Para muitos especialistas, o 16º presidente norte-americano foi um grande líder e suas ações e atitudes podem ser incorporadas ao mundo corporativo, principalmente para aqueles que têm cargos de liderança.
A história de Lincoln está em alta por conta do filme lançado há pouco tempo e que ainda está em cartaz. Recentemente, o jornal norte-americano The New York Times fez uma reportagem em que sugeria que executivos, empresários e outros profissionais do mundo dos negócios deveriam se voltar mais à história desse personagem. A publicação sugere algo como uma “Escola Lincoln de Gestão”.
O diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Espírito Santo (ABRH-ES), Jovaneide Polon, assistiu ao filme e destaca que o ex-presidente tinha foco em seus objetivos, como um líder deve ter.
“Lincoln utilizava histórias e metáforas para que as pessoas refletissem e ficassem sensibilizadas com as ideias dele. Observei o poder de convencimento para alcançar os objetivos. Na minha opinião, qualquer líder precisa ter foco. Ele tinha foco no objetivo e isso mobilizava as pessoas”, ressaltou a diretora.
Outro ponto observado por Jovaneide é que a vida pessoal de Lincoln era conflituosa, com a morte de um dos filhos e as cobranças da esposa. Para ela, mesmo com esses problemas, ele fazia com que as pessoas tivessem um senso de responsabilidade por suas escolhas.
“A postura dele mostra que ele brigava por um ideal. Além disso, Lincoln tinha ambição e queria deixar um legado para nação que comandava. Destaco também o poder de oratória e visionário. Assim como o ex-presidente, um bom líder precisa ter seus momentos de reflexão para a tomada de decisões importantes, reconhecer erros, ouvir os outros e tratar bem as pessoas”, observou.
O responsável pelo escritório capixaba da Asap – consultoria de recrutamento e seleção de executivos–, Peter Noronha, acredita que uma das grandes lições da história é a importância da tomada ou não de decisões, pois sempre haverá um preço a pagar.
Noronha ressalta que não há como ser um líder ficando em cima do muro. “Para ser líder, é necessário ser alguém de atitude e saber o impacto disso na empresa. Outra importante lição é que um líder precisa ter planos alternativos para saber como se lidar em momentos de baixa”, disse.
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Equilíbrio emocional
Durante a guerra, Lincoln enfrentou a morte de um filho de 11 anos, além de uma profunda depressão que afetou tanto ele, quanto sua mulher. Apesar de enfrentar essa tragédia, o presidente manteve seu objetivo fixo.
Persistência
Em meados de 1862, o número de voluntários para o exército caiu bastante e, sob severas críticas dos meios de comunicação da época, os abolicionistas ficaram frustrados com a situação. Embora mergulhado em todo o risco de uma “falência” do governo, Lincoln persistia ao passo que ia elaborando suas metas.
Paciência
Segundo a reportagem do New York Times, nos dias de hoje é crucial que o bom líder tenha paciência. Como vivemos em um ambiente repleto de ferramentas de comunicação, é difícil se controlar e evitar a turbulência das decisões instantâneas. Lincoln soube ter paciência. “Se o e-mail existisse na época dele, a história poderia ter tomado um rumo diferente”, conta a publicação.
Ouvir os demais
Segundo o New York Times, Lincoln aceitou o conselho de um de seus secretários para esperar pela vitória antes de proclamar a emancipação norte-americana, pois assim ficaria descartada a possibilidade de tal feito ter sido realizado numa atitude de desespero político. Além disso, Lincoln ouvia todos os lados, fossem eles em acordo ou não com seus ideais.
Importância dos envolvidos
Abraham Lincoln se dirigia até os locais de batalha para ouvir dos próprios soldados sobre a situação da guerra nos EUA para assim tomar as melhores atitudes; o então presidente também atendia às solicitações de cidadãos em seu escritório.
O sucesso compartilhado
De acordo com o que relatou o CEO do Starbucks, Howard Schultz, ao jornal, o presidente ensinou que se você é um líder empresarial, um empresário ou até um funcionário do governo, ”sua principal responsabilidade é servir a todas as pessoas”, excluindo assim qualquer espaço para preencher o interesse próprio. “Lincoln sabia que o sucesso é melhor quando compartilhado”, contou o CEO.
Fonte: InfoMoney
Fonte: A Gazeta