CNI prepara ação nacional em defesa da educação
Florianópolis, 19.10.2012 - O engajamento do setor produtivo nacional nas questões relacionadas às políticas de educação no Brasil será intensificado em 2013, quando o Sistema Indústria (composto pela Confederação Nacional da Indústria, SENAI, SESI e IEL) pretende lançar um movimento de reflexão sobre a escola brasileira. "A educação nacional hoje não atende a um projeto nacional de desenvolvimento. Precisa passar a ser pensada como agenda nacional, pois nenhuma sociedade se desenvolve sem aprimorar seu ensino", defendeu o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Luchesi, durante evento na sede do Sistema Federação das Indústrias de Santa Catarina, nesta sexta-feira (19).
Para Luchesi, o debate sobre educação não pode ficar restrito ao meio educacional, pois o tema possui importância estratégica. Em sua opinião, é preciso que o setor empresarial se aproxime do debate público e também contribua com a melhoria do quadro nacional. "Hoje, só 14% dos jovens chegam ao ensino superior. Isso quer dizer que 86% precisam de outras opções para se qualificar para o mundo do trabalho. Temos 17 milhões de jovens que não vão ter uma formação mínima", destacou. Luchesi veio a Santa Catarina conhecer os projeto da Escola Profissional do Futuro e dos novos institutos de tecnologia e inovação.
A necessidade de lidar com esse desafio tem mobilizado o SENAI, que pretende duplicar nos próximos anos o seu número de matrículas em educação profissional no país. Atualmente, são cerca de 2,5 milhões por ano, com formações em 2600 municípios e 900 unidades. A entidade é, segundo Luchesi, um dos principais parceiros do governo federal na execução do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), respondendo por 55% das vagas oferecidas. Além disso, das ocupações previstas pelo Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO), 300 dizem respeito à indústria, sendo que quase a totalidade é atendida pelos cursos do SENAI oferecidos no país.
Nos próximos anos, a entidade pretende investir em novos polos educacionais, de tecnologia e de pesquisa aplicada. A ampliação do número de vagas em educação profissional será possível também com o maior foco em educação a distância. "Acreditamos que podemos liberar de 30 a 40% da utilização de espaços físicos utilizando a educação a distância, o que permitiria ampliar o número de laboratórios", disse. A atual estratégia engloba ainda a padronização de cursos, de recursos didáticos e o investimento em simuladores de equipamentos industriais.
"Temos consciência do tamanho dos desafios, mas também sabemos como superá-los. Por isso estamos tranquilos sobre o futuro da indústria", reforçou o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte. O presidente destacou os esforços do SENAI/SC de ampliar o percentual de jovens que estão no ensino médio e que também fazem o curso técnico.
Diogo Honorato
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