Governo incentiva ensino a distância
Os cursos de graduação e especialização a distância estão em destaque nos planos do governo para impulsionar a educação no país. O programa da UAB (Universidade Aberta do Brasil) pretende triplicar as matrículas de EAD (Ensino a Distância) até 2014. Se essa meta for cumprida, acabaram as desculpas para quem não tem um diploma universitário, já que a instituição terá vagas para 600 mil alunos.
“A falta de apoio do governo era o principal fator que limitava o avanço do EAD. Agora será possível aumentar o número de matrículas”, diz João Carlos Clímaco, diretor de educada Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Além dos novos incentivos, a boa aceitação dos estudantes pela modalidade a distância também contribuiu para o seu crescimento. “O preconceito pelo EAD está diminuindo e hoje temos muitos exemplos de sucesso”, diz Clímaco.
De acordo com Munir Skaf, assessor da pró-reitoria de pós-graduação da Unicamp, o EAD ainda é um conceito novo para o universo acadêmico. No entanto, isso não quer dizer que a sua qualidade não é equivalente à graduação presencial. “O que existe é um curso bom ou ruim e não uma modalidade acadêmica melhor que a outra. É isso que deve ser avaliado na hora de escolher a universidade”, explica Skaf.
No mercado de trabalho, a modalidade ainda não é plenamente aceita. “A graduação presencial tem mais peso no currículo”, diz Arlindo Junior, da AFJ Consultoria. Mesmo assim, os processos seletivos não fazem uma triagem específica sobre a categoria da instituição de ensino. “Quando a empresa tem acesso a essa informação, o concorrente já mostrou suas qualidades. É isso que é levado em conta na contratação”, diz Fernanda Zurita, gerente de atração da Cia de Talentos.
FONTE: BAND.COM.BR